Você já ouviu falar ou teve algum contato com a hortoterapia? Sabe de fato do que se trata? Prática bastante difundida ao redor do mundo, auxilia na melhora da qualidade de vida das pessoas e já é considerada uma das mais relevantes ferramentas terapêuticas para tratamentos mais complexos e também para quem quer apenas aliviar o estresse da vida moderna.
Basicamente, podemos definir a hortoterapia como o cultivo de plantas, flores e hortaliças, encaixadas estrategicamente na rotina e dia-a-dia de pacientes que buscam melhorar sua saúde mental e promover bem estar. A ideia é que o sujeito se encontre na relação corpo-mente através do contato com a natureza, além de estimular os cinco sentidos, concentração e atividade motora.
Seja em uma horta em casa para consumo, um jardim para enfeitar a casa ou um pequeno pomar no fundo do quintal, manter-se ativo nessa atividade permite que se aprimorem habilidades motoras, cardíacas, respiratórias e elevam a imunidade dos pacientes observados. Mas talvez o maior ganho esteja mesmo no equilíbrio emocional e sensação de bem estar.
Se você pretende começar uma prática semelhante, saiba que o grande objetivo é que você seja o responsáveln por todo o cultivo, todo o processo: plantio, regagem, podagem, adubagem e etc. Ou seja, você irá cuidar da planta e ela vai depender exclusivamente de ti para que ela cresça saudável, dê frutos e se mantenha exuberante.
Esse método citado acima, é chamado de Hortoterapia Ativa. Te coloca diretamente em contato com a natureza, te dá autônomia total e exige que coloque de fato a mão na massa. Mas, para pacientes com algum comprometimento, limitação ou cuidados especiais, pode-se praticar a Hortoterapia Passiva.
A hortoterapia passiva oferece ao paciente a contemplação da natureza, onde o paciente não coloca a mão na massa nem é o responsável pelo cultivo, porém se mantém presente, vê, sente o cheiro e toca. É um bom início para pacientes com dificuldades de locomoção.
Entre os principais beneficiados pela hortoterapia, estão os pacientes com depressão, autismo, ansiedade, Alzheimer e síndrome de Down. Mas é muito importante que todos saibam que qualquer pessoa, portadora ou não de síndromes, pode usufruir da prática e ter ganhos significativos da lista abaixo.
Ganhos físicos da Hortoterapia:
- Melhora das habilidades motoras;
- Melhora da coordenação motora;
- Diminuição da frequência cardíaca;
Ganhos cognitivos da Hortoterapia:
- Estimula a memória e concentração;
- Contribui para o aumento da capacidade de atenção e foco;
Ganhos psicológicos da Hortoterapia:
- Diminui o estresse;
- Diminui a ansiedade;
- Promove sensação de calma e relaxamento;
- Promove aumento da autoestima e senso de valor pessoal;
- Promove desenvolvimento de autocontrole;
Ganhos sociais da Hortoterapia:
- Contribui e melhora a interação social, no compartilhamento de técnicas, insumos, etc;
- Contribui para melhor coesão de grupos;
Como começar a prática da Hortoterapia?
Para que fique claro, repito: qualquer pessoa pode iniciar a prática e tirar proveito da vasta lista de benefícios da hortoterapia. Mas como podemos iniciar, incluir na rotina e ir avançando?
Se você nunca teve contato com hortas, jardins, etc, indicamos que você comece pelo plantio de pequenas plantas, com técnicas simples. Cultivar ervas para temperos ou chás, pode ser uma boa ideia. Com pouquíssimo espaço você conseguirá iniciar e ir melhorando suas tecnicas aos poucos.
Hoje em dia, espaço não é mais problema. Empresas como a Hoortech fazendo uso da tecnologia e desenvolvem acessórios que permitem que você tenha uma horta até mesmo em um apartamento, como no canteiro portátil abaixo:
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Aproveito para indicar três trabalhos acadêmicos sobre a hortoterapia, caso você queira se aprofundar mais no assunto:
- Saúde Mental na Comunidade: A terapia comunitária como dispositivo de cuidado, de Amália Gonçalves Arruda
- Horticultura coomo Tecnologia de Saúde Mental, de Thaís Sampaio de Souza
- Uso da Hortoterapia no tratamento de pacientes portadores de sofrimento mental grave, de Reginaldo de Camargo, Emanuel Lucas e mais três autores.
Esperamos que tenha ficado claro para você sobre a proposta da Hortoterapia. Caso você já pratique ou pretende começar, comente abaixo sobre sua experiência. Será legal trocarmos ideias à respeito.